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Justiça garante registro da dupla maternidade a casal de mulheres que realizou inseminação caseira

A decisão é da 3ª Vara Cível de Varginha, em Minas Gerais.

Por: Lucyanna Nunes
23/09/2024 às 08h01
Justiça garante registro da dupla maternidade a casal de mulheres que realizou inseminação caseira
Mães obtiveram duplo registro em certidão de nascimento de criança gerada por inseminação artificial caseira.(Imagem: Freepik)

Duas mulheres que realizaram inseminação caseira para engravidar obtiveram na Justiça o direito de registrar a dupla maternidade sem qualquer distinção ou observação no assento. A decisão é da 3ª Vara Cível de Varginha, em Minas Gerais.

De acordo com os autos, as duas são casadas e optaram pelo procedimento de inseminação caseira para engravidar. Após a gravidez e o nascimento do filho, o Cartório de Registro Civil da cidade recusou o registro do nome de ambas as mães, sob a justificativa de ausência de documentação exigida para casos de inseminação heteróloga realizados em clínicas.

Diante disso, elas ajuizaram ação declaratória para o reconhecimento da dupla maternidade, destacando que o cartório havia se baseado em uma lacuna regulatória acerca da inseminação caseira. Elas sustentaram seu pedido com base no Provimento 52/2016 do CNJ e na Resolução 2.320/2022 do Conselho Federal de Medicina – CFM.

Em audiência, as mães e uma testemunha foram ouvidas, além de ser apresentada a declaração do doador do material genético.

O Ministério Público – MP, que atuou como fiscal da lei, manifestou parecer favorável à procedência dos pedidos.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM (com informações do Migalhas)

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