Primeiramente, vamos iniciar falando sobre a imaturidade parental do casal. Você sabe o que isso significa?
Bom, vamos lá!
A imaturidade parental ocorre quando um dos genitores, geralmente o pai, desiste da convivência com o filho após a separação e depois de um tempo volta atrás com o pedido e quer se reaproximar desse filho. Porém, na maioria dos casos, esse pai não sabe lidar com a rejeição do filho – processo natural por conta da falta de convivência.
Essa conduta gera inúmeras consequências emocionais para a criança ou adolescente, pois são muitos traumas, dores, muitos amores e desamores, rupturas e reestruturas, sentimentos desestabilizados que acabam gerando uma série de conflitos familiares e, consequentemente, enfraquecendo os laços parentais.
Geralmente, no momento da reaproximação entre pais e filhos, a convivência é um pouco complicada e, na maioria dos casos, o pai não respeita o tempo de adaptação para a retomada do vínculo afetivo.
Quando um dos genitores decide romper a convivência com o filho por conta do fim do relacionamento conjugal, normalmente, surge na criança o sentimento de ter sido abandonado (a) por aquela pessoa mais importante que tinha na vida – o pai ou a mãe.
Dependendo do tempo de afastamento mais difícil se torna a retomada do vínculo afetivo. Esse processo de reaproximação exige dos genitores muita paciência e é exatamente nesse momento que os genitores não conseguem apresentar a maturidade e a paciência necessária nas tentativas de retomada do vínculo com a prole.
E por isso chamamos de imaturidade parental, pois os pais tem dificuldade em lidar com esse processo e com a reação dos filhos, consequência de uma conduta errada cometida no passado.
No processo de separação, os filhos são os mais atingidos com as consequências. Em muitos casos, um dos genitores decide – erroneamente - por se afastar da prole. Essa conduta gera a sensação de abandono afetivo. Em todos os casos, crianças e adolescentes sofrem silenciosamente.
Nestas situações, é fundamental que os esforços de todos os envolvidos estejam concentrados para contribuir com o reestabelecimento e fortalecimento dos laços parentais. Isso inclui a participação dos genitores, psicólogos, membros do Ministério Público, advogados etc. O importante aqui é promover uma situação que reestabeleça os laços familiares.
É importante que os pais entendam que esse estreitamento dos vínculos parentais é um processo lento e que exige muita paciência de todos os envolvidos. Normalmente, se esse processo não está apresentando o resultado esperado os pais ou mães ficam extremamente abalados e isso acaba aumentando a rejeição e o conflito já existente entre pai/mãe e o filho.
Por fim, o ideal é que os genitores compreendam que o relacionamento pode chegar ao fim, porém jamais ponham fim à convivência afetiva com os filhos, independente dos motivos que levaram a dissolução conjugal. E caso ocorra essa desistência da convivência, lembrem-se que o processo de reaproximação não será fácil e exige dos envolvidos muita calma e paciência. Não tentem impor um relacionamento afetivo baseado apenas em suas expectativas, pois isso pode frustrar a todos e acabar afastando ainda mais seus filhos. Vale a pena ressaltar que é de extrema importância que os genitores sigam as orientações dos profissionais. Saiba, mesmo que o processo de retomada de laços afetivos seja lento e demande uma maturidade emocional dos envolvidos.... ela valerá a pena!
É válido lembrar ainda que a presença de ambos os genitores na vida dos filhos é de extrema necessidade e fundamental para o desenvolvimento saudável da prole. Inclusive, a interação entre pai e filho é um dos fatores decisivos para o desenvolvimento cognitivo e social, facilitando a capacidade de aprendizagem e a integração da criança na comunidade, apontam estudos sobre o nascimento psicológico das crianças.
Em caso de dúvidas, procure um profissional de sua confiança.