A verdadeira razão de existir da democracia é a liberdade. Liberdade para que todos e todas tenham direito de escolher seus representantes e também de serem escolhidos para representar o povo. No entanto, há ainda uma outra faceta que não deve ser ignorada neste processo: a liberdade de discutir sobre a própria democracia.
Poder falar sobre o pleito eleitoral, suas mudanças e transformações é um ponto que deve ser ampliado para que os cidadãos e cidadãs entendam cada vez mais o sentido da democracia e o seu impacto social, sobretudo, levando em consideração o Novo Código Eleitoral. É por isso que são realizados eventos como o Congresso de Ciência Política e Direito Eleitoral do Piauí (Concipol), realizados nesta quinta-feira (23) e sexta-feira (24), tão importante para fortalecer os debates sobre o Direito Eleitoral, trazer novas perspectivas, além de explicar o tema a todos que se interessam pelo assunto.
O encontro, em sua 9ª edição, contou com as presenças de grandes especialistas para falar de maneira aberta o assunto, de forma gratuita. Não, não foi apenas para acadêmicos e profissionais do Direito, e não somente para quem trabalha com política. O Concipol busca exatamente chegar à população em geral, aos eleitores e eleitoras que nem sempre têm a oportunidade de dialogar e tirar suas dúvidas sobre o que acontece no âmbito eleitoral.
A representatividade, por exemplo, foi algo abordado, destacando a necessidade de termos líderes políticos que, de fato, tenham a “cara” do seu povo. E quanto às normas de pré-campanha? Quão relevante é podermos ressaltar ideias e orientar quem busca dar voz a tantos movimentos e grupos dentro do cenário político. Não poderíamos esquecer ainda de um grande problema que tanto tem prejudicado a nossa democracia; as Fake News. As alternativas para esse combate devem ser ouvidas e viabilizadas. Também pudemos entender mais sobre os tipos de governo, como o presidencialismo, semipresidencialismo e parlamentarismo; bem como sobre o uso das inovações tecnológicas para o pleito eleitoral, as “Eleições 5G”.
Para ficar ainda mais completo, não poderíamos deixar de debater sobre a violência política contras as mulheres, que tanto tem nos assustado e revoltado, com os diversos casos que vêm à mídia, mostrando como o machismo tem atrapalhado a representatividade feminina, na tentativa de intimidar as mulheres que lutam por seus direitos.
Como podemos perceber, foram dois dias intensos, em que a vontade de construir uma democracia mais forte foi a verdadeira protagonista. Amigos e amigas que leem este artigo em nossa coluna, estamos nos aproximando de mais um pleito, mais um momento histórico que trará novos nomes ou repetirá os que já são conhecidos para governar nosso país e Estados e Distrito Federal pelos próximos quatro anos. Sem dúvidas, este é o momento mais oportuno para incluir o povo nestas discussões. Que venham mais encontros e congressos como este! Valeu, Concipol!